Sutilezas na educação de crianças índigo e cristal

Como dar ordens e mostrar limites as crianças, respeitando as diferentes reações dos seres índigo e cristal?

Antes de entendermos como dar ordens e mostrar limites as crianças, devemos refletir no porquê escolhemos este papel, de pais ou educadores, e  a devida autoridade que acompanha esta escolha.
Os pais e educadores são os responsáveis por criar o melhor ambiente possível para que a criança possa “educar a si mesma”, diretamente através da experiência pessoal, que é o propósito pelo qual nosso espírito resolve criar uma realidade material, um corpo físico. Este propósito de experimentar a matéria na terra é nossa “escola da vida” onde viemos aprender a AMAR.
Quando assumimos a responsabilidade de pais ou educadores, devemos nos tornar conscientes que a mesma vem acompanhada com uma certa “hierarquia”, em que os pais devem manifestar a verdadeira autoridade, baseada no AMOR, na união e harmonia. Esta autoridade é uma forma de assumir a autoria sobre as ações daquele ser em fase de aprendizado, é regida por um senso amplo de liberdade, aonde os pais indicam os caminhos com ordens e ações coerentes, mantendo a harmonia no processo de aprendizado.

Como sempre, gosto de me concentrar nas semelhanças, e embora as energias índigo e cristal sejam bem diferentes em termos de sutileza, a essência da metodologia educacional para ambos os grupos é a mesma, o AMOR. Estas crianças tem em comum uma sensibilidade especial, e mesmo com maneiras bem distintas de expressar suas percepções, podem ser guiadas pelas mesmas regras gerais, com algumas mudanças específicas de acordo com cada caso.

Os índigos e cristais reagem de forma muito diferente com relação aos limites, ordens e hierarquias, e de acordo com as reações apresentadas pelas crianças podemos perceber melhor seu padrão vibracional e então saber como agir com mais eficiência.

LIMITES

Todos nós que evoluímos no plano material, devemos ser conscientes das leis planetárias e sua ligação com o universo físico. Devemos trabalhar sempre nosso autoconhecimento para conhecer amplamente nossas potencialidades e especialmente na experiência material, reconhecer nossos limites. Neste caso, os limites são relativos ao campo físico e energético da criança, o que não deve ser confundido com limitações mentais e espirituais, tendo em vista que somos seres ilimitados, criadores com pleno potencial.
Os limites devem ser claros e concretos, de maneira que permitam os seres a adaptarem-se a sua nova realidade no plano material preservando a integridade física, cuidando do corpo, que as crianças ainda estão aprendendo a utilizar, tornando-se conscientes de suas capacidades e limitações, da superação e crescimento. É essencial que a criança conheça seus limites e as limitações impostas pelo meio, bem como experimente diretamente sua capacidade de superar limites e criar soluções para transcender limitações, ampliando assim seu potencial evolutivo ao máximo.
Em casos de família onde existem irmãos índigo e cristal, é comum observar o cristal “sofrendo” com a intensidade e o tipo das brincadeiras dos índigos, que normalmente impõe sua forma de ser, decidem o que fazer e lideram mesmo quando mais novos.
No caso dos índigos muitas vezes precisamos interagir mais diretamente ou fisicamente, com energia e dinamismo (sem qualquer tipo de violência) amparando com os braços e mãos, demonstrando o limite de seu campo de energia e a relação de respeito com o espaço dos demais. Eles tem a tendência de serem mais “invasivos” pois seu campo de energia normalmente está “fora de controle”, exteriorizando sua força, muitas vezes em excesso, o que pode afetar o campo de energia dos demais especialmente das crianças cristal. 

strong>Os cristais tem a tendência de harmonizar, de manter o equilíbrio, e muitas vezes deixam-se levar, e serem comandados pelos índigos, mesmo que isso não lhes agrade totalmente, eles o farão para manter a harmonia do conjunto. Observar estas sutilezas no comportamento pode nos ajudar a compreender como facilitar o caminho de ambas energias, permitindo que os propósitos evolutivos se cumpram.
Recomendo que assistam o vídeo da Escola Viva Inkiri sobre os limites, autonomia e conflitos.

ORDENS E AUTORIDADE

Os índigos e cristais são sensíveis ao receber ordens e imposições, especialmente com relação a coisas que “invadem” seu espaço/campo de energia, porém tem reações bem diferentes.

Os índigos são crianças muito ativas, inteligentes, com muita energia física e principalmente mental. Desde recém nascidos apresentam “personalidade forte”, com tendências de “comandar” os pais com suas atitudes. Os índigos tem a tendência natural de se rebelar contra ordens e hierarquias, de agir como “do contra”, e gostam de demonstrar suas vontades e insatisfações com atitudes intensas, muitas vezes que parecem arrogância ou soberba. Aprendem cedo a manipular as situações a seu favor, utilizam a comunicação com chave e normalmente aprendem a falar muito antes que os cristais.
Uma das características mais marcantes dos índigos é sua tendência de liderar, a força e coragem que demonstram em sua atitude. Esta conduta os faz sentirem-se autoconfiantes e independentes, e por isso muitas vezes acham as ordens e hierarquias desnecessárias. Os índigos irão respeitar a ordem e a hierarquia, desde que elas venham de alguém que demonstre através da vibração (ao invés da aparência), atitudes coerentes com as ordens e ensinamentos. É essencial que os pais mantenham a hierarquia de maneira suave e inteligente, com jogos e brincadeiras que possam ajudar a criança a entender o por quê das ordens, evitando impor as coisas, sempre oferecendo possibilidades de escolha, debates e principalmente demonstrando que a criança é quem faz a decisão final, deixando claro que as ordens existem para o bem dela e de todos.

As crianças cristal são normalmente muito calmas e silenciosas, estão aqui para SER AMOR e manifestar uma nova vibração, seu aprendizado é construir o novo mundo. Observadores atentos, tem olhar penetrante e pacificador, e em geral transmitem uma energia de alto nível de sutileza. São crianças serenas, que unem as pessoas e as fazem despertar as vibrações mais elevadas, aflorando as virtudes das pessoas com quem tem contato. Possuem senso amplo de unidade, de liderança e hierarquia em seus padrões mais refinados, por isso os cristais tem a tendência de aceitar as ordens e hierarquia. Sua compreensão e sabedoria os mantém mais lúcidos com relação a suas escolhas, motivo pela qual os cristais apresentam uma maior serenidade em relação as situações. Porém quando as ordens e hierarquias estão vibrando de maneira incoerente, eles tem a tendência de sofrer sem se queixar, aceitam as regras mesmo sabendo que são “erradas” pois amam muito e querem demonstrar seu respeito por quem os educa. A maioria das crianças cristais é naturalmente vegana e crudívora, e passa por muitos sofrimentos ao ter que se adaptar pelas dietas onívoras muitas vezes impostas pelos pais desinformados.

Nestes 7 anos de estudos sobre crianças índigo e cristal, tenho observado que ambas as gerações índigo e cristal respondem de maneira muito semelhante aos impulsos positivos dos pais e educadores. A manifestação das virtudes, dos dons e inteligências eleva ambos, índigos e cristais, e nós como educadores e pais, devemos nos esmerar em manter nossa vibração a mais elevada possível. Esta é a verdadeira atitude educacional que ensinará com clareza os limites, demonstrando com atitudes práticas a superação, a transcendência. Atitude firme que manifesta autoridade natural, vinda da vontade de amar e ser amado, de respeitar e de servir ao próximo dentro de seu campo de responsabilidade, assumindo a autonomia energética. As atitudes do líder de ouro, são manifestações do AMOR, e cada um de nós pode despertar esse potencial divino, que é um grande facilitador no processo educacional dos seres, auxiliando nossa missão de educar com consciência da sutileza das energias índigo e cristal.

Mautama Krishnarabi